Comunidade de Básicos do Movimento Pólen

Este blog surgiu no Retiro Básico de 2011 no Morro das Pedras em Florianópolis - SC, nos dias 16, 17 e 18 de setembro, realizado pelo Movimento Pólen que busca apresentar um estilo de vida baseado na pessoa de Jesus Cristo. Os retirantes foram acompanhados durante o retiro por jovens e casais do Pólen e pelo seu Diretor Esperitual Pe. Pedro Adolino Martendal.

Nascido em 1971, o Movimento Pólen tem sua sede na catedral Metropolitana de Florianópolis, Paróquia Nossa Senhora do Desterro.

sábado, 20 de outubro de 2012

SALVE RAINHA


Salve, Rainha, Mãe misericordiosa, vida, doçura e esperança nossa, salve! 


A vós brandamos os degregados filhos de Eva. 

A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. 

Eias pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, 

e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, 

ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.

Rogais por nós Santa Mãe de Deus. 

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 

Amém.

A ORIGEM DA ORAÇÃO MARIANA DA SALVE RAINHA


A “Salve Rainha” é uma da orações mais populares entre os católicos. De tão repetida, é rezada às vezes, de forma maquinal, sem que se sinta da profunda emoção que a percorre do princípio ao fim. Por isso, para recuperar toda sua vibração original, pode ser útil analisar, uma por uma,
as estremecidas palavras que a conformam.
Quem compôs esta prece tinha uma experiência muito viva das misérias da vida humana. Nesta prece “bradamos” como “degredados”, “suspiramos gemendo e chorando”, vemos o mundo como “um vale de lágrimas”, como um “desterro”... Entretanto, essa melancólica visão da vida acaba dissolvendo-se num sentimento de doce esperança que a ultrapassa e domina. Com efeito, se ao considerar a condição humana, o autor da prece só vê motivos de tristeza, ao fixar sua atenção naquela a quem a dirige, mostra-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras, pois ela, a Virgem Maria, é “mãe de misericórdia”... “vida, doçura, esperança”... “advogada” de “olhos misericordiosos”...
Captaremos melhor o estado de ânimo de que brotou esta comovente oração se lembrarmos quem a compôs e em que circunstâncias. Ela é atribuída ao monge Herman Contrat que a teria escrito por volta de 1.050, no mosteiro de Reichenan, na Alemanha. Eram tempos terríveis aqueles na Europa central: sucessivas calamidades naturais, destruindo as colheitas, epidemias, miséria, fome e morte por toda parte... e, como não se bastasse, a ameaça contínua dos povos bárbaros do Leste que invadiam os povoados, saqueando e matando, destruindo tudo, inclusive igrejas e conventos... Frei Contrat tinha consciência da infortunada época em que vivia, mas tinha outras razões, além das agruras da vida de seus contemporâneos, para a aflição e o desconsolo. E não podia fechar os olhos para elas, pois as carregava no seu corpo: ele nascera raquítico e deforme; adulto, mal conseguia andar e escrevia com dificuldade, de mirrados que eram os dedos das suas mãos...
Foi no fundo de todas as misérias, as próprias e as alheias, que a alma de Frei Contrat elevou à Rainha dos céus essa maravilhosa prece, carregada de sofrimento e esperança, que é a “Salve Rainha”. Mas, se foi capaz de fazê-lo foi porque, no mais íntimo de seu ser cintilava, sobre a paisagem desolada do mundo, a figura esplendorosa e amável da Mãe de Jesus... Contam que, no dia do seu nascimento, ao constatarem o raquitismo e mal formação do bebê, seus pais caíram em prantos. Sua mãe Miltreed, mulher muito piedosa, ergueu-se então do leito e, lá mesmo, consagrou o menino à Mãe de Deus. Consagrado a Ela, foi educado no amor e na confiança em relação à Ela. E foi com essa bagagem na alma que anos mais tarde foi levado (de liteira, pois continuava sendo um deficiente físico) até o mosteiro de Reichenan, onde com o tempo chegou a ser mestre dos noviços, pois o que tinha de inapto seu corpo, tinha de perspicaz seu espírito.
Quando veio a ser conhecida pelos fiéis a “Salve Rainha” teve um sucesso enorme e logo era rezada e cantada por toda parte. Um século mais tarde, ela foi cantada também na catedral de Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a do imperador Conrado e a do famoso São Bernardo, conhecido como o “cantor da Virgem Maria”, pelos incendidos louvores que lhe dedicava nos seus sermões e escritos (ele foi um dos primeiros a chamá-la de “Nossa Senhora”). Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da “Salve Rainha” (cujas últimas palavras eram “mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre”), no silêncio que se seguiu, ouviu-se a voz potente de São Bernardo que, num arrebato de entusiasmo pelo mãe do Senhor, gritou, sozinho, no meio da catedral: “ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria”... E a partir dessa data estas palavras foram incorporadas à “Salve Rainha” original.
Nos quase mil anos que se passaram desde que Herman Contrat compôs a “Salve Rainha” uma multidão incontável de fiéis tem se identificado como os sentimentos que ela expressa, vivendo desde sua aflição a doce esperança que inspira sempre a figura amável e amada da Mãe do nosso Salvador.

Tudo por Jesus! Nada sem Maria! Que alegria!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Palavra de vida - mes de Setembro de 2012

Palavra de Vida


“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

É um convite? É um apelo? É um mandamento? É uma conclusão prática de quem sabe que é amado por Jesus e em Jesus é amado pelo Pai e o Divino Espírito Santo?

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

Observemos bem, em que contexto se encontra este chamado do Coração de Jesus:
“Permanecei no meu amor.” O contexto é da parábola da videira, uma parábola que nos ajuda a nos situarmos bem no corpo místico de Cristo. “Permanecei no meu amor” equivale à afirmação anterior na mesma parábola: “ Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4)

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

O que nos liga a Cristo? Antes de tudo o amor do Pai por nós, manifestado em Cristo que nos ama a ponto de ter dado a sua vida por nós. O amor de Cristo por nós nos ligou vitalmente a Ele, de tal modo que sem ele não nos é possível dar frutos de santidade e de salvação. “Permanecei no meu amor” é como uma síntese de todos os convites, chamados, vocações, mandamentos que Deus tomou a iniciativa de nos fazer porque nos quer santos e salvos. É também a resposta que a Santíssima Trindade espera, pacientemente, de todos nós.

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

Durante os 41 anos de existência do Movimento Pólen, temos voltado, frequentemente, ao capítulo 15 do evangelho escrito por São João para ouvir esta palavra: “Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).
O verbo “Permanecer”, nesta parábola, não significa ponto de chegada, mas, garantia de mais vida; promessa de muitos frutos. “Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

O segredo, para se conseguir esta comunhão permanente com Cristo, a exemplo dos ramos com o tronco da videira, é observar os mandamentos de Deus. “Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou o meu Pai e permaneço no seu amor” (Jo 15,10).

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

É uma linda aventura, lutar para permanecer no amor de Cristo. Jesus promete felicidade, alegria e muitos frutos de santidade e salvação. Ajudemos os mais novos recém chegados do 55º Retiro Básico a fim de que eles e nós, todos, permaneçamos no amor de Cristo! Viver bem esta Palavra de Vida, capacita-nos a dar nossa contribuição para a Jornada Mundial da Juventude em 2013.

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

Pe. Pedro Adolino Martendal Diretor Espiritual do Movimento Pólen

sábado, 26 de maio de 2012

“Alegrai-vos sempre no Senhor”(Fl 4,4).
 

Palavra de Vida mês de Maio 2012
“Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4)

            O Tempo Pascal, iniciado na noite da Vigília da Páscoa, em 7 de Abril, é o nosso Caminho Espiritual que continua durante todo o mês de Maio, dedicado a Nossa Senhora. Convido todos os polens a terem presente, como uma seta segura em nosso caminho, a Palavra de São Paulo Apóstolo aos cristãos e aos cidadãos filipenses por volta do ano 55 da era cristã.
                                                  “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4)
             Ao final deste caminho de 50 dias, teremos chegado à Festa de Pentecostes, a grande manifestação do Divino Espírito Santo, aos Apóstolos e a Nossa Senhora, no Cenáculo (sala da Ceia), onde Jesus instituiu a Sagrada Eucaristia (Sacrifício da Nova Aliança e Sacramento do Corpo e Sangue de Jesus Ressuscitado). Instituiu também o Sacramento da Ordem e o Sacramento da Penitência para o perdão dos pecados. A instituição destes Sacramentos é uma razão forte da nossa alegria pascal. A alegria cristã, além de ser um sinal da vitória de Cristo sobre o pecado e todo o mal, sobre a morte e o demônio, é também garantia de que estamos no caminho certo de Salvação.
                                                   “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4)
               Esta palavra é a força motriz de nossa vivência do 7º ponto da Mística do nosso Movimento Pólen: “Viver a alegria Pascal”. Foi no mês de Abril de 1973, quando preparávamos o 1º Retiro de Opção, que percebemos a alegria Pascal; uma das dimensões do Mistério Pascal e fruto do Espírito Santo presente e atuante na Igreja; presente e atuante em cada um de nós (Gal 5,22-23).
                                                   “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4)
                Nossa Senhora vivia imersa nesta alegria quando exclamou: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 2,47-48)
É esta, a alegria que o nosso Papa Bento XVI, neste mês em que completou 85 anos de vida e 7 anos de sua missão como Papa, desejou aos jovens em sua Mensagem para o 27º Dia Mundial da Juventude, no dia 1º de Abril, quando toda a Igreja celebrara o Domingo de Ramos.
                                                    “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4)
              Convido a todos a lerem ou relerem essa Mensagem que foi publicada na página do Pólen, no início de Abril. Cada parágrafo será um excelente assunto para a meditação, oração pessoal e vivência da alegria pascal no dia a dia do mês de Maria, ao longo do caminho espiritual que fazemos para Pentecostes, onde desejamos chegar no dia 27 deste mês de Maio.
                                                    “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4)
                                                           Pe. Pedro Adolino Martendal Diretor Espiritual do Movimento Pólen